quarta-feira, 9 de junho de 2010

O sonho que ainda virá

Ela tentara voar.Apostara todas as alternativas, mas o vento encarregou-se de fazê-la tentar algo diferente.
Quisera contruir um castelo, mas antes da torre erguer-se, seus tijolos vieram ao chão.
Sonhara conhecer o fundo do mar, mas as ondas eram fortes e seu nado até as profundezas eram insuficientes.
Amara, porém nunca fora correspondida por suas paixões.
Chorara amargamente durante inúmeras noites, queimando o chão com o ardor de seu choro e trazendo para si a escuridão de suas desiluções.
Passava-se os dias e lá estava ela, murmurando arrependimentos e perguntando-se o por quê de certas coisas.
As respostas não vinham, soluções não apareciam.
Certa vez, em uma tarde de sol, olhou para o céu e seu brilho reacendeu novamente.
Percebeu que não teria asas para voar, mas poderia admirar as criaturas que voavam.
Certamente não construiria um castelo, mas poderia visitar uma casinha no campo, e fazer dela a mais linda morada.
Sua visita ao fundo do mar não seria tão fácil, porém poderia nadar em um simples lago e fazer dele o mais imenso mar.
Ao lembrar-se de seus amores não correspondidos, seu peito ardeu, mas acreditou que nunca é tarde para o amor.
Ela sabia que um dia o verdadeiro amor bateria em sua porta e que quando ela menos esperasse, a magia que ela tanto sonhara, se realizaria.